Violência

'Uma pessoa especial', diz marido de mulher baleada na Av. Brasil

Helen Bittencourt morreu no Hospital Municipal Pedro II

Ela deixa um marido e uma filha de 14 anos
Ela deixa um marido e uma filha de 14 anos |  Foto: Redes sociais
 

O marido de Helen Bittencourt, Bruno Perroni, reforçou que a esposa morreu após um tiro de fuzil durante uma perseguição policial a criminosos na Avenida Brasil, neste sábado (29). Ela foi atingida pelo disparo nas costas quando o casal voltava de uma festa com a filha adolescente de 14 anos. No carro, além do casal e da filha deles, estavam mais dois amigos (um deles dirigia) e a cuidadora de um desses amigos. Ele ainda ressaltou como a esposa era especial e como vai deixar saudades.

Emocionado, ele contou como foi o momento em que a esposa foi baleada. "Estávamos voltando de uma festa pela Avenida Brasil num carro do modelo Dobló quando ouvimos um barulho enorme no carro e ela gritou. A gente estava na pista da direita, quando um carro passou em alta velocidade e o carro da polícia logo atrás efetuando mais disparos", contou ele sobre a situação. 

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Bruno conta que a esposa foi levada para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, logo depois, mas já em estado grave. Na unidade de saúde, ela passou por uma cirurgia, mas não resistiu. "Corremos com ela para o hospital e lá eles foram muito bons. Desde a hora que tiraram ela do carro e já tinha uma equipe de cirurgiões que a atenderam. Foram atenciosos e ela só sobreviveu umas horas no hospital por causa deles, mas infelizmente foi um tiro de fuzil que destruiu ela, não tinha o que fazer. Ela era uma pessoa especial, que vai deixar muita saudade. Temos uma filha de 14 anos e é difícil", afirmou ele em lágrimas. 

Nas redes sociais, Helen se identificava como bacharel em Direito, flamenguista, carioca e aquariana.

O corpo da vítima foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande no início desta tarde de domingo (30).

O sepultamento de Helen irá ocorrer no Cemitério Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio, neste domingo (30), às 16h45. O velório terá início às 15h no mesmo local. 

O caso 

Agentes do Batalhão Especial de Policiamento em Vias Expressas (BPVE) estavam perseguindo um carro que havia acabado de ser roubado por criminosos armados quando um tiro atingiu Helen. Tudo começou quando a dona do veículo roubado informou aos policiais que havia sido roubada e os agentes, então, iniciaram as buscas pelos bandidos. Durante a abordagem, os criminosos atiraram contra os policiais, que revidaram. Houve um acidente com o carro dos criminosos que, ao final, fugiram. Só depois do ocorrido que a corporação soube que Helen, que não estava envolvida no caso, havia sido baleada.

No carro roubado, foi recuperada uma pistola, dois carregadores, um porta carregador, um relógio, um aparelho de telefone celular, uma carteira e cartões de banco.

A família de Helen afirma que o tiro de fuzil que a matou partiu da própria polícia, já a corporação disse que instaurou um procedimento apuratório para analisar os fatos.

O caso de Helen está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que busca entender de onde partiu o tiro de fato. 

Neste sábado (29), agentes do 33° BPM (Angra dos Reis) conseguiram prender os criminosos envolvidos no roubo do veículo após buscas em uma zona de mata da região Rio-Santos.

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